No Espírito Santo, a silvicultura desempenha um papel estratégico no desenvolvimento do agronegócio local. A gestão eficiente das áreas com cobertura florestal no estado depende diretamente da capacidade de monitoramento e fiscalização dos órgãos ambientais. O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) é o órgão responsável pelo controle e fiscalização das atividades florestais no estado, incluindo a exploração de florestas plantadas. Contudo, o estado carece de ferramentas para um monitoramento sistemático da colheita das florestas, dependendo exclusivamente de informações declaradas por produtores e empresas do setor.

O projeto objetivou desenvolver uma metodologia para monitoramento e quantificação do volume de madeira explorado em plantios florestais no estado, por meio de dados gratuitos coletados por satélites. Foram explorados dados de perfilamento a laser (LiDAR) do GEDI da NASA e imagens multiespectrais dos satélites convencionais Sentinel-2 e Landsat 8. Técnicas avançadas de sensoriamento remoto foram empregadas.

Essas técnicas, já amplamente adotadas por grandes empresas florestais no Brasil, possibilitam a obtenção sistemática, precisa e atualizada de informações sobre a distribuição espacial, produção e consumo de florestas plantadas em grandes extensões territoriais. Dessa forma, foram disponibilizadas ao Idaf ferramentas de baixo custo operacional, possibilitando não apenas a detecção automática de atividades de colheita florestal, mas também a estimativa do volume de madeira explorado.

Os resultados do projeto proporcionaram uma visão abrangente das áreas de florestas plantadas no estado, fundamental para a elaboração de políticas públicas eficazes. Além disso, consolidaram o Idaf e o Espírito Santo como líderes na aplicação de tecnologias inovadoras na gestão florestal.